Alexandre Aragão
De que adianta respirar
O mesmo ar
E sufocar de saudade?
De que adianta contemplar
A mesma luz
E se ofuscar com a claridade?
De que adianta velejar
No mesmo mar
E se afogar na tempestade?
De que adianta imaginar
O mesmo sonho
E acordar com a impossibilidade?
De que adianta suspirar
A mesma paixão
E ressecar na esterilidade?
Outro Ar
Outra Luz
Outro Mar
Outra Sonho
Outra Paixão
Outra Realidade
A
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