domingo, 21 de março de 2010

O ZERO

Alexandre Aragão

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Do silêncio à palavra
Da matéria à energia
Da clausura à estrada
Da solidão à companhia
Da aridez à enxurrada
Do conflito à parceria
Do choro à gargalhada
Do lamento à euforia
Do tormento à calma
Do desprezo à simpatia
Do corpo à alma
Do caos à harmonia
O zero é a travessia

a

11 comentários:

  1. Ana Karine - Fortaleza22 de março de 2010 às 11:48

    Maravilhoso...imaginando daqui uns dias você lançando seu livro de poesias.

    Ana Karine

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  2. Amauri Flor - João Pessoa22 de março de 2010 às 11:49

    Bom dia

    Tua poesia e coisa da alma.

    Amauri

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  3. Chico Parobé - Floripa22 de março de 2010 às 11:50

    Obrigado, uma boa semana e um forte abraço!
    Chico

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  4. Adorei!Perfeita!
    É o proprio ZERO.

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  5. Eneida Rosa Borges - Recife22 de março de 2010 às 11:54

    Gostei muito!

    Eneida

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  6. Ekkehard Schneider - Brasília22 de março de 2010 às 11:59

    Gostei. Porque imagino o que tem por trás!
    1, Ekkehard

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  7. OI Alexandre, essa obrigado por essa sua forma especial de comunicação que é a poesia.
    O "Zero" parece a expressao daquele que fez a travessia do pecado à santidade, do inferno ao Paraíso. è a figura do Homem Novo que vai além de qualquer forma de estrutura, mesmo das estruturas ditas de origem divina, O zero é Jesus, o homem que unido a todos, e todos os que querem a Ele, pode gerar uma nova humanidade.

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  8. Oi!!!
    A alquimia divina...
    1!

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  9. Belo, muito belo! Sabemos que o "zero" é mesmo como você descreve... Esse "nada" de amor que nos plenifica e nos leva ao "tudo".

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  10. Caros amigos e amigas,

    Obrigado pela gentileza dos comentários acima. De fato, uma das grandes sacadas de se postar um texto ou um poeminha num blog é a possibilidade de um amplo diálogo aberto que vai estendendo o texto original, revestindo-o de novos enfoques.

    O zero realmente é uma realidade muito ampla. Primeiramente porque é um paradoxo, ou seja, é a representação do inexistente, uma éspécie de quantificação do nada. Depois ele é também a origem dos numeros naturais positivos, e ao mesmo tempo o fim dos números inteiros negativos, é passagem do menos para o mais e do mais para o menos.

    Além disso o zero assume uma espécie de neutralidade nas operações de adição e subtração, mas atua como um absorvente nas operações de multiplicação, reduzindo tudo a si quando é por ele multiplicado.

    E ainda apresenta uma questão particular quando se trata da exponenciação, pois todo número elevado a zero é igual a unidade. Exceto ele mesmo que quando elevado a zero, é zero. Ou seja, uma contradição matemática.

    Uma das minhas motivações para fazer esse poeminha é a situação emblemática do Haiti, reduzido a zero neste momento da história da humanidade. No silêncio haitiano, que novas palavras devem ser pronunciadas pela humanidade? No caos haitiano, que nova harmonia poderá ser construída pela humanidade, significando um possível novo modelo de desenvolvimento humano global, centralizado na solidariedade contínua e efetiva baseada numa justa distribuição dos bens produzidos globalmente?

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  11. Zamir Vidal de Negreiros - João Pessoa29 de março de 2010 às 20:44

    Gostei do escrito que revela a nossa vida em busca da união com Deus passando pelo nada.

    Passa me agora uma imagem: o Zero é representado por circulo e o circulo lembra também o infinito, a reciprocidade o Uno, que é a perfeição Deus. Através do zero (GA) encontro a harmonia plena o Paraíso: só quem passa pelo gelo da dor encontra o incêndio do Amor.

    Um fortíssimo abraço para a família toda.

    Zamir

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